quinta-feira, 10 de maio de 2012
Sustentabilidade
Sustentabilidade é a habilidade de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo. Ultimamente este conceito, tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras, o que requereu a vinculação da sustentabilidade no longo prazo, um "longo prazo" de termo indefinido, em princípio.
Sustentabilidade também pode ser definida como a capacidade do ser humano interagir com o mundo preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. É um conceito complexo, que gerou dois programas nacionais. O Conceito de Sustentabilidade é complexo, pois atende a um conjunto de variáveis interdependentes, mas podemos dizer que é a capacidade de integrar as Questões Sociais, Energéticas, Economicas e Ambientais.
Com a finalidade de preservar o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras, foram criados dois programas nacionais: o Procel (eletricidade) e o Conpet.
• Questão Social: Sem considerar a questão social, não há sustentabilidade. Em primeiro lugar é preciso respeitar o ser humano, para que este possa respeitar a natureza. O homem é a parte mais importante do meio ambiente.
• Questão Energética: Sem considerar a questão energética, não há sustentabilidade. Sem energia a economia não se desenvolve. E se a economia não se desenvolve, as condições de vida das populações se deterioram.
• Questão Ambiental: Sem considerar a questão ambiental, não há sustentabilidade. Com o meio ambiente degradado, o ser humano abrevia o seu tempo de vida; a economia não se desenvolve; o futuro fica insustentável.
O princípio da sustentabilidade aplica-se a um único empreendimento, a uma pequena comunidade (a exemplo das ecovilas), até o planeta inteiro. Para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso que seja:
ecologicamente corretoeconomicamente viávelsocialmente justoculturalmente diverso
Definição:
O termo "sustentável" provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar). Segundo o Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas".
O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment - UNCHE), realizada em Estocolmo de 5 a 16 de junho de 1972, a primeira conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e a primeira grande reunião internacional para discutir as atividades humanas em relação ao meio ambiente. A Conferência de Estocolmo lançou as bases das ações ambientais em nível internacional, chamando a atenção internacional especialmente para questões relacionadas com a degradação ambiental e a poluição que não se limita às fronteiras políticas, mas afeta países, regiões e povos, localizados muito além do seu ponto de origem. A Declaração de Estocolmo, que se traduziu em um Plano de Ação, define princípios de preservação e melhoria do ambiente natural, destacando a necessidade de apoio financeiro e assistência técnica a comunidades e países mais pobres. Embora a expressão "desenvolvimento sustentável" ainda não fosse usada, a declaração, no seu item 6, já abordava a necessidade imper "defender e melhorar o ambiente humano para as atuais e futuras gerações" - um objetivo a ser alcançado juntamente com a paz e o desenvolvimento econômico e social.
A ECO-92 - oficialmente, Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento -, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável. A mais importante conquista da Conferência foi colocar esses dois termos, meio ambiente e desenvolvimento, juntos - concretizando a possibilidade apenas esboçada na Conferência de Estocolmo, em 1972, e consagrando o uso do conceito de desenvolvimento sustentável, defendido, em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Comissão Brundtland). O conceito de desenvolvimento sustentável - entendido como o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades - foi concebido de modo a conciliar as reivindicações dos defensores do desenvolvimento econômico como as preocupações de setores interessados na conservação dos ecossistemas e da biodiversidade. Outra importante conquista da Conferência foi a Agenda 21, um amplo e abrangente programa de ação, visando a sustentabilidade global no século XXI.
Em 2002, a Cimeira (ou Cúpula) da Terra sobre Desenvolvimento Sustentável de Joanesburgo reafirmou os compromissos da Agenda 21, propondo a maior integração das três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) através de programas e políticas centrados nas questões sociais e, particularmente, nos sistemas de proteção social.
Conceitos Correlatos:
sustentável significa apto ou passível de sustentação, sustentado é aquilo que já tem garantida a sustentação. É de imediata compreensão que "sustentado" já carrega em si um prazo de validade, no sentido de que não se imagina o que quer que seja, no domínio do universo físico, que apresente sustentação perpétua (ad aeternu), de modo que, no rigor, "sustentado" deve ser acompanhado sempre do prazo ao qual se refere, sob risco de imprecisão ou falsidade, acidental ou intencional. Tal rigor é especialmente importante nos casos das políticas ambientais ou sociais, sujeitos a vieses de interesses divergentes.
Crescimento sustentado refere-se a um ciclo de crescimento econômico constante e duradouro, porque assentado em bases consideradas estáveis e seguras. Dito de outra maneira, é uma situação em que a produção cresce, em termos reais, isto é, descontada a inflação, por um período relativamente longo.
Gestão sustentável é a capacidade para dirigir o curso de uma empresa, comunidade ou país, através de processos que valorizam e recuperam todas as formas de capital, humano, natural e financeiro.
A sustentabilidade comunitária é uma aplicação do conceito de sustentabilidade no nível comunitário. Diz respeito aos conhecimentos, técnicas e recursos que uma comunidade utiliza para manter sua existência tanto no presente quanto no futuro. Este é um conceito chave para as ecovilas ou comunidades intencionais. Diversas estratégias podem ser usadas pelas comunidades para manter ou ampliar seu grau de sustentabilidade, o qual pode ser avaliado através da ASC (Avaliação de Sustentabilidade Comunitária)[8].
Sustentabilidade como parte da estratégia das organizações. O conceito de sustentabilidade está intimamente relacionado com o da responsabilidade social das organizações. Além disso, a ideia de "sustentabilidade" adquire contornos de vantagem competitiva. Isto permitiu a expansão de alguns mercados, nomeadamente o da energia, com o surgimento das energias renováveis. Segundo Michael Porter, "normalmente as companhias têm uma estratégia económica e um estratégia de responsabilidade social, e o que elas devem ter é uma estratégia só". Uma consciência sustentável, por parte das organizações, pode significar uma vantagem competitiva, se for encarada integrar uma estratégia única da organização, tal como defende Porter, e não como algo que concorre, à parte, com "a" estratégia da organização, apenas como parte da política de imagem ou de comunicação. A ideia da sustentabilidade, como estratégia de aquisição de vantagem competitiva, por parte das empresas, é refletida, de uma forma expressamente declarada, na elaboração do que as empresas classificam como "Relatório de Sustentabilidade".
Investimento socialmente responsável. Investir de uma forma ética e sustentável é a base do chamado ISR (ou SRI, do inglês Socially responsible investing). Em 2005, o Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, em articulação com a Iniciativa Financeira do PNUMA (PNUMA-FI ou, em inglês, UNEP-FI) e o Pacto Global das Nações Unidas (UN Global Compact), convidou um grupo de vinte grandes investidores institucionais de doze países para elaborar os Princípios do Investimento Responsável. O trabalho contou também com o apoio de um grupo de 70 especialistas do setor financeiro, de organizações multilaterais e governamentais, da sociedade civil e da academia. Os princípios da PNUMA-FI foram lançados na Bolsa de Nova York, em abril de 2006. Atualmente a PNUMA-FI trabalha com cerca de 200 instituições financeiras, signatárias desses princípios, e com um grande número de organizações parceiras, visando desenvolver e promover as conexões entre sustentabilidade e desempenho financeiro. Através de redes peer-to-peer, pesquisa e treinamento, a PNUMA-FI procura identificar e promover a adoção das melhores práticas ambientais e de sustentabilidade em todos os níveis, nas operações das instituições financeiras.
Diluição Do Conceito:
O uso do termo "sustentabilidade" difundiu-se rapidamente, incorporando-se ao vocabulário politicamente correto das empresas, dos meios de comunicação de massa, das organizações da sociedade civil, a ponto de se tornar quase uma unanimidade global. Por outro lado, a abordagem do combate às causas da insustentabilidade parece não avançar no mesmo ritmo, ainda que possa estimular a produção de previsões mais ou menos catastróficas acerca do futuro e aquecer os debates sobre propostas de soluções eventualmente conflitantes. De todo modo, assim como acontecia antes de 1987, o desenvolvimento dos países continua a ter como principal indicador, o crescimento econômico, traduzido como crescimento da produção ou, se olhado pelo avesso, como crescimento (preponderantemente não sustentável) da exploração de recursos naturais. As políticas públicas, bem como a ação efetiva dos governos, ainda se norteia basicamente pela crença na possibilidade do crescimento econômico perpétuo e essa crença predomina largamente sobre a tese oposta, o decrescimento econômico, cujas bases foram lançadas no início dos anos 1970, por Nicholas Georgescu-Roegen. Segundo Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia 1998: "Não houve mudança significativa no entendimento dos determinantes do progresso, da prosperidade ou do desenvolvimento. Continuam a ser vistos como resultado direto do desempenho econômico."
Video explicativo sobre sustentabilidade.
Aquecimento Global
AQUECIMENTO GLOBAL
Aquecimento global é o aumento da
temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que ocorre
desde meados do século XX e que deverá continuar no século XXI. Segundo o
Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (2007), a temperatura na superfície terrestre aumentou 0,74 ± 0,18
°C durante o século XX.
A
maior parte do aumento de temperatura observado desde meados do século XX foi
causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa, como resultado
de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação.
O escurecimento global, uma consequência do aumento das concentrações de aerossois
atmosféricos que bloqueiam parte da radiação solar antes que esta atinja a
superfície da Terra, mascarou parcialmente os efeitos do aquecimento induzido
pelos gases de efeito de estufa.
Modelos
climáticos referenciados pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de
superfície provavelmente aumentarão no intervalo entre 1,1 e 6,4 °C entre 1990
e 2100. A variação dos valores reflete o uso de diferentes cenários de futura
emissão de gases estufa e resultados de modelos com diferenças na sensibilidade
climática. Apesar de a maioria dos estudos ter seu foco no período até o ano
2100, espera-se que o aquecimento e o aumento no nível do mar continuem por
mais de um milênio, mesmo que as concentrações de gases estufa se estabilizem.
Um
aumento nas temperaturas globais pode, em contrapartida, causar outras
alterações, incluindo aumento no nível do mar, mudanças em padrões de
precipitação resultando em enchentes e secas.Espera-se que o aquecimento seja
mais intenso no Ártico, e estaria associado ao recuo das geleiras, permafrost e
gelo marinho. Outros efeitos prováveis incluem alterações na frequência e
intensidade de eventos meteorológicos extremos, extinção de espécies e
variações na produção agrícola. O aquecimento e as suas consequências variarão
de região para região, apesar da natureza destas variações regionais ser
incerta. Outra ocorrência global concomitante com o aquecimento global que já
se verifica e que se prevê continuar no futuro, é a acidificação oceânica, que
é também resultado do aumento contemporâneo da concentração de dióxido de
carbono atmosférico.
O
consenso científico é que o aquecimento global antropogênico está a acontecer.
O Protocolo de Quioto visa a estabilização da concentração de gases de efeito
estufa para evitar uma "interferência antropogénica perigosa.Em Novembro
de 2009 eram 187 os estados que assinaram e ratificaram o protocolo.
Terminologia
O
termo "aquecimento global" é um exemplo específico de mudança
climática à escala global. O termo "mudança climática" também pode se
referir ao esfriamento global. No uso comum, o termo se refere ao aquecimento
ocorrido nas décadas recentes e subentende-se uma influência humana.A Convenção
Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima usa o termo "mudança
climática" para mudanças causadas pelo Homem, e "variabilidade
climática" para outras mudanças. O termo "alteração climática
antropogênica" é por vezes usado quando se fala em mudanças causadas pelo
Homem.
Evidências
Entre
as evidências do aquecimento global incluem-se o aumento observado das
temperaturas globais do ar e dos oceanos, o derretimento generalizado dos
glaciares e a subida do nível médio do mar.
A
principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de
estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos
efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura
foi de 0.6 ± 0.2 °C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois
períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. De 1945 a 1976, houve um arrefecimento que
fez com que temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a
ocorrer um arrefecimento global.
O
aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas
décadas, foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas
áreas, como a do Oceano Atlântico Norte, tenha havido um arrefecimento. É muito
provável que os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos. Há, no
entanto que referir que alguns estudos parecem indicar que a variação em
irradiação solar pode ter contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento
global ocorrido entre 1900 e 2000.
Evidências
secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de
neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global das mares, do
aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos
extremos de mau tempo durante o século XX.
Por
exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta
por neve desde os anos 1960. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na
primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve
retração dos glaciais e da cobertura de neve das montanhas em regiões não
polares durante todo o século XX. No entanto, a retração dos glaciais na Europa
já ocorre desde a era Napoleônica e, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35
anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos
restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá
aumentar durante este século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em que a
temperatura de toda a região ártica era superior à de hoje, a retração dos
glaciais na Groelândia era maior do que a atual. A diminuição da área dos
glaciais ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no Ártico, na
Rússia e na América do Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia), houve de
fato um aumento da área dos glaciais, que se pensa ser devido a um aumento de
precipitação.
Estudos
divulgados em abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das
tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da
faixa tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em grande
parte, pela violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos,
México e países do Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de
quarto-século de 1945-1969, em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve
80 furacões principais no Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se
submetia a uma tendência de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O
que indica que a atividade dos furacões não segue necessariamente as tendências
médias globais da temperatura.
Determinação da
temperatura global à superfície
A
determinação da temperatura global à superfície é feita a partir de dados
recolhidos em terra, sobretudo em estações de medição de temperatura em
cidades, e nos oceanos, recolhidos por navios. É feita uma seleção das estações
a considerar, que são as que se consideram mais confiáveis, e é feita uma
correção no caso de estas se encontrarem perto de urbanizações. As tendências
de todas as seções são então combinadas para se chegar a uma temperatura
global.
O
globo é dividido em seções de 5º latitude/5º longitude e é calculada uma média
pesada da temperatura mensal média das estações escolhidas em cada seção. As
seções para as quais não existem dados são deixadas em branco, sem as estimar a
partir das seções vizinhas, e não entram nos cálculos. A média obtida é então
comparada com a referência para o período de 1961-1990, obtendo-se o valor da
anomalia para cada mês. A partir desses valores é então calculada uma média
pesada correspondente à anomalia anual média global para cada Hemisfério e, a
partir destas, a anomalia global.
Desde
janeiro de 1979, os satélites da NOAA passaram a medir a temperatura da
troposfera inferior (de 1000m a 8000m de altitude) através da monitorização das
emissões de microondas por parte das moléculas de oxigénio na atmosfera. O seu
comprimento de onda está diretamente relacionado com a temperatura (estima-se
uma precisão de medida da ordem dos 0.01 °C). Estas medições indicam um
aquecimento de menos de 0.1 °C, desde 1979, em vez dos 0.4 °C obtidos a partir
dos dados à superfície.
É
de notar que os dois conjuntos de dados não divergem na América do Norte,
Europa Ocidental e Austrália, onde se pensa que os dados das estações são
registrados e mantidos de um modo mais fiável. É apenas fora destas grandes
áreas que os dados divergem: onde os dados de satélite mostram uma tendência de
evolução quase neutra, os dados das estações à superfície mostram um
aquecimento significativo (Dentro da mesma região tropical, enquanto os dados
das estações na Malásia e Indonésia mostram um aquecimento, as de Darwin e da
ilha de Willis, não.)
Existe
controvérsia relativamente à explicação desta divergência. Enquanto alguns
pensam que existem erros graves nos dados recolhidos à superfície, e no
critério de selecção das estações a considerar, outros põem a hipótese de
existir um processo atmosférico desconhecido que explique uma divergência em
certas partes do globo entre as duas temperaturas.
Por
sua vez, Bjarne Andresen, professor do Niels Bohr Institute da Universidade de
Copenhaga, defende que é irrelevante considerar uma única temperatura global
para um sistema tão complicado como o clima da Terra. O que é relevante é o
carácter heterogéneo do clima e só faz sentido falar de uma temperatura no caso
de um sistema homogéneo. Para ele, falar de uma temperatura global do planeta é
tão inútil como falar no «número de telefone médio» de uma lista telefónica.
Causas possíveis
O
sistema climático terrestre muda em resposta a variações em fatores externos
incluindo variações na sua órbita em torno do Sol, erupções vulcânicas, e
concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa. As causas detalhadas do
aquecimento recente continuam sendo uma área ativa de pesquisa, mas o consenso
científico identifica os níveis
aumentados de gases estufa devido à atividade humana como a principal causa do
aquecimento observado desde o início da era industrial. Essa atribuição é mais
clara nos últimos 50 anos, para os quais estão disponíveis os dados mais
detalhados. Contrastando com o consenso científico, outras hipóteses foram
avançadas para explicar a maior parte do aumento observado na temperatura
global. Uma dessas hipóteses é que o aquecimento é resultado principalmente da
variação na atividade solar.
Nenhum
dos efeitos produzidos pelos fatores condicionantes é instantâneo. Devido à
inércia térmica dos oceanos terrestres e à lenta resposta de outros efeitos
indiretos, o clima atual da Terra não está em equilíbrio com o condicionamento
que lhe é imposto. Estudos de compromisso climático indicam que ainda que os
gases estufa se estabilizassem nos níveis do ano 2000, um aquecimento adicional
de aproximadamente 0,5 °C ainda ocorreria.
Objetivos
climáticos até 2050
A
União Europeia pretende até 2050, reduzir entre 60% e 80% as emissões de gases
com efeito de estufa, aumentar em 30% a eficiência energética, aumentar para
60% a percentagem de energias renováveis, face ao consumo energético total da
UE.
Modelos climáticos
O
alarme com o aquecimento global deriva, sobretudo, dos resultados das
simulações estatísticas feitas com base em modelos numéricos climáticos e não
da observação direta da evolução de variáveis físicas reais. Quando a
concentração de gases de efeito de estufa é aumentada nessas simulações, quase
todas elas mostram um aumento na temperatura global, sobretudo nas mais altas
latitudes do Hemisfério Norte. No entanto, os modelos atualmente usados não
simulam todos os aspectos do clima e fazem várias previsões erradas para a
época actual: nomeadamente, prevêem o dobro do aquecimento que tem sido
efetivamente observado e, por exemplo, uma diminuição de pressão no Oceano Índico,
uma área muito sensível para o sistema global, quando se observa o contrário.
Estudos recentes indicam igualmente que a influência solar poderá ser
significativamente maior da que é suposta nos modelos. Embora se fale de um
consenso de uma maioria dos cientistas de que modelos melhores não mudariam a
conclusão de que o aquecimento global é sobretudo causado pela ação humana,
existe também um certo consenso de que é provável que importantes
características climáticas estejam sendo incorretamente incorporadas nos
modelos climáticos. De facto, nesses modelos, os parâmetros associados ao
efeito de estufa são «afinados» inicialmente de modo a que os modelos forneçam
uma estimativa correcta do aumento de temperatura observado nos últimos 100
anos (0.6°-0.7 °C). Ou seja, as simulações partem do princípio que é realmente
o efeito de estufa que está na origem desse aquecimento. Se houver outras
causas naturais desconhecidas para o aquecimento, como as associadas à
influência solar e à recuperação desde a Pequena Idade do Gelo, elas não podem
ser incluídas na modelação. De facto, os modelos não permitem fazer previsões
mas apenas fazer projecções, ou conjecturas, sobre o clima futuro com base em
simulações correspondendo a vários cenários possíveis.
A
maioria dos modelos climáticos globais, quando usados para projetar o clima no
futuro, é forçada por cenários de gases do efeito estufa, geralmente o do
Relatório Especial sobre Cenários de Emissçao do IPCC. Menos freqüentemente, os
modelos podem ser usados adicionando-se uma simulação do ciclo do carbono; isso
geralmente mostra uma resposta positiva, apesar dela ser incerta. Alguns
estudos de observação também mostram uma resposta positiva.
São
essas limitações dos modelos usados para as previsões, que não têm em conta o
desconhecimento actual sobre as causas naturais para as variações da
temperatura ocorridas durante os últimos milénios, que fazem com que muitos
climatólogos acreditem que a parte do aquecimento global causado pela ação
humana é bem menor do que se pensa atualmente.
Modelo de Hansen
Em
setembro de 2006, James Hansen, diretor do Instituto Goddard de Estudos
Espaciais da Nasa, juntamente com seus colaboradores, publicou na revista
"PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA, uma matéria em que
são apresentadas informações detalhadas de um modelo climático aperfeiçoado
desde os anos 1980, alimentado por medições originadas de satélites, navios e
estações meteorológicas no mundo inteiro.
O
estudo afirma que nos últimos 30 anos o planeta esquentou 0,6 °C, perfazendo um
aumento total de 0,8 °C no século XX. A temperatura média atual é a maior dos
últimos 12 mil anos, faltando apenas mais 1 °C para que seja a mais alta do
último milhão de anos.
Segundo
Hansen, caso o aquecimento aumente a temperatura média em mais 2 °C ou 3 °C, o
cenário geográfico do planeta será radicalmente diferente do atual. A última
vez em que a Terra esteve tão quente foi 3 milhões de anos atrás, na época do
Plioceno, quando o nível do mar estava vinte e cinco metros acima do atual.
Verificou-se
que o aquecimento foi maior na região do pólo norte, porque o gelo derretido
nessa área expôs água, terra e rochas com cores mais escuras, diminuindo o
albedo local e, conseqüentemente, a absorção de calor solar foi maior.
A
temperatura da água está sofrendo alterações mais lentas, mas foi registrado
aquecimento dos oceanos Índico e Pacífico, o que fará com que fenômenos como o
El Niño sejam mais significativos nos próximos anos.
Aquecimento global
e possíveis impactos na Amazônia
Analisando
quantitativamente as prováveis alterações e redistribuições dos grandes biomas
brasileiros em resposta a cenários de mudanças climáticas projetadas por seis
diferentes modelos climáticos globais avaliados pelo IPCC para o final do
Século XXI, temos resultados diferentes para cada projeção de modelo climático.
Resultado das projeções convergirem para o estudo do aumento da temperatura.
Com
uma média das projeções, obtemos um aumento da áreas de savana na América do
sul tropical, dentre esses modelos alguns indicam diminuição das chuvas na
Amazônia, outros não indicam alteração, enquanto um deles chega projetar
aumento das chuvas.
Alguns
estudos sobre resposta das espécies da flora e da fauna Amazônica e do Cerrado
indicam que para um aumento de 2 a 3 °C na temperatura média até 25% das
árvores do cerrado e até cerca de 40% de árvores da Amazônia poderiam
desaparecer até o final deste Século.
Devido
aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o
aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Importantes mudanças
ambientais têm sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os
exemplos de evidências secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de
gelo, aumento do nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos
das consequências do aquecimento global que podem influenciar não somente as
atividades humanas mas também os ecossistemas. Aumento da temperatura global
permite que um ecossistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos
seus habitats (possibilidade de extinção) devido a mudanças nas condições
enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas.
Entretanto,
o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de
temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a produtividade
do ecossistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do
hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da
quantidade de biomassa produzida não é necessariamente muito boa, uma vez que a
biodiversidade pode no silêncio diminuir apesar de um pequeno número de
espécies estar florescendo.
O
aquecimento da superfície favorecerá um aumento da evaporação nos oceanos o que
fará com que haja na atmosfera mais vapor de água (o gás de estufa mais
importante, sobretudo porque existe em grande quantidade na nossa atmosfera).
Isso poderá fazer com que aumente cada vez mais o efeito de estufa e com que o
aquecimento da superfície seja reforçado. Podemos, nesse caso, esperar um
aquecimento médio de 4 a 6 °C na superfície. Mas mais umidade (vapor de água)
no ar pode também significar uma presença de mais nuvens na atmosfera o que se
pensa que, em média, poderá causar um efeito de arrefecimento.
As
nuvens têm de fato um papel importante no equilíbrio energético porque
controlam a energia que entra e que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra, ao
refletirem a luz solar para o espaço, e podem aquecê-la por absorção da
radiação infravermelha radiada pela superfície, de um modo análogo ao dos gases
associados ao «efeito de estufa». O efeito dominante depende de muitos fatores,
nomeadamente da altitude e do tamanho das nuvens e das suas gotículas.
Por
outro lado, o aumento da evaporação provocará a intensificação e a má
distribuição das chuvas, consequentemente agravando a erosão. Isto poderá
causar resultados mais extremos no clima, com o aumento progressivo do
aquecimento global.
O
aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do
Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de temperatura entre
os mares. E aparentemente ela está enfraquecendo à medida que a temperatura
média global aumenta. Isso significa que áreas como a Escandinávia e a
Inglaterra que são aquecidas pela corrente poderão apresentar climas mais frios
a despeito do aumento do aquecimento global.
O
aumento no número de mortos, desabrigados e perdas econômicas previstas devido
ao clima severo atribuído ao aquecimento global pode ser piorado pelas
densidades crescentes de população em áreas afetadas, apesar de ser previsto
que as regiões temperadas tenham alguns benefícios menores, tais como poucas
mortes devido à exposição ao frio. Um sumário dos prováveis efeitos e
conhecimentos atuais pode ser encontrado no relatório feito para o "Terceiro
Relatório de Balanço do IPCC" pelo Grupo de Trabalho 2. Já o resumo do
mais recente, "Quarto Relatório de Balanço do IPCC", informa que há
evidências observáveis de um aumento no número de ciclones tropicais no
Atlântico Norte desde por volta de 1970, em relação com o aumento da
temperatura da superfície do mar, mas que a detecção de tendências a longo
prazo é difícil pela qualidade dos registros antes das observaçõe rotineiras
dos satélites. O resumo também diz que não há uma tendência clara do número de
ciclones tropicais no mundo.
Efeitos
adicionais antecipados incluem aumento do nível do mar de 110 a 770 milímetros
entre 1990 e 2100, repercussões na agricultura, possível desaceleração da
circulação termoalina, reduções na camada de ozônio, aumento na intensidade e
freqüência de furacões, baixa do pH do oceano e propagação de doenças como
malária e dengue. Um estudo prevê que 18% a 35% de 1103 espécies de plantas e
animais serão extintas até 2050, baseado nas projeções do clima no futuro.
Elevação do nível
médio do mar
Uma
outra causa de grande preocupação é a elevação do nível médio do mar. O nível
dos mares está aumentando em 0,01 a 0,025 metros por década o que pode fazer
com que no futuro algumas ilhas de países insulares no Oceano Pacífico fiquem
debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente
por causa da expansão térmica da água dos oceanos. O segundo fator mais
importante é o derretimento de calotas polares e camadas de gelo sobre as
montanhas, que são muito mais afetados pelas mudanças climáticas do que as
camadas de gelo da Gronelândia e Antártica, que não se espera que contribuam
significativamente para o aumento do nível do mar nas próximas décadas, por
estarem em climas frios, com baixas taxas de precipitação e derretimento.
Alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os
glaciares derretam significativamente. Se isso acontecesse, poderia haver um
aumento do nível das águas, em muitos metros. No entanto, os cientistas não
esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos e prevê-se um aumento do
nível das águas entre 14 e 43 cm até o fim deste século.(Fontes: IPCC para os
dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as
mudanças climáticas).
Foi
preciso ter em conta muitos fatores para se chegar a uma estimativa do aumento
do nível do mar no passado. Mas diferentes investigadores, usando métodos
diferentes, acabaram por confirmar o mesmo resultado. O cálculo que levou à
conclusão não foi simples de fazer. Na Escandinávia, por exemplo, as medidas
realizadas parecem indicar que o nível das águas do mar está a descer cerca de
4 milímetros por ano. No norte das Ilhas Britânicas, o nível das águas do mar
está também a descer, enquanto no sul se está a elevar. Isso deve-se ao fato da
Fennoscandia (o conjunto da Escandinávia, da Finlândia e da Dinamarca) estar
ainda a subir, depois de ter sido pressionada por glaciares de grande massa
durante a última era glacial . Demora muito tempo a subir porque é só muito
lentamente que o magma consegue fluir para debaixo dela; e esse magma tem que
vir de algum lado próximo, como os Países Baixos e o sul das Ilhas Britânicas,
que se estão lentamente a afundar. Em Bangkok, por causa do grande incremento
na extração de água para uso doméstico, o solo está a afundar-se e os dados
parecem indicar que o nível das águas do mar subiu cerca de 1 metro nos últimos
30 anos.
Adaptação e
mitigação
O
amplo consenso entre os cientistas do clima de que as temperaturas globais
continuarão a aumentar tem levado nações, estados, empresas e cidadãos a
implementar ações para tentar reduzir o aquecimento global ou ajustar-se a ele.
Os permanentes estudos e o grande número de ações civis poderão um dia resultar
em uma mudança cultural e meios economicamentes viáveis de enfrentar de forma
eficaz ações antrópicas que emitem gases-estufa. Um exemplo é o projeto Fábrica
Verde que já foi realizado na cidade universitária em São Paulo-SP, aonde por
meio da compostagem, evita-se a disposicão de resíduos orgânicos em aterros
sanitários. Muitos grupos ambientais encorajam ações individuais contra o
aquecimento global, frequentemente por parte dos consumidores, mas também
através de organizações comunitárias e regionais. Outros têm sugerido o estabelecimento
de um limite máximo para a produção de combustíveis fósseis, citando uma
relação direta entre a produção de combustíveis fósseis e as emissões de CO2.
Também
têm ocorrido ações de negócios sobre a mudança climática, incluindo esforços no
aumento da eficiência energética e uso de fontes alternativas. Uma importante
inovação tem sido o desenvolvimento de um comércio de emissões dos gases do
efeito estufa através do qual empresas, em conjunto com os governos, concordam
em limitar suas emissões ou comprar créditos daqueles que emitiram menos do que
as suas quotas.
O
principal acordo mundial para combater o aquecimento global é o Protocolo de
Quioto, uma emenda à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do
Clima (CQNUMC), negociado em 1997. O protocolo abrange mais de 160 países e
mais de 55% das emissões de gases do efeito estufa.Apenas os Estados Unidos,
historicamente o maior emissor de gases do efeito estufa do mundo, e o
Cazaquistão recusaram-se a ratificar o tratado. A China e a Índia, dois outros
grande emissores, ratificaram o tratado, mas como países em desenvolvimento,
estão isentos de algumas cláusulas. Segundo alguns estudos a China poderá ter
já ultrapassado os Estados Unidos como maior emissor de gases de efeito estufa.
O líder chinês Wen Jiabao exortou a nação a redobrar os seus esforços no
combate à poluição e ao aquecimento global.Este tratado expira em 2012, e
debates internacionais iniciaram-se em maio de 2007 sobre um novo tratado para
suceder ao vigente.
O
aumento das descobertas científicas sobre o aquecimento global tem resultado em
debates políticos e econômicos. Regiões pobres, em particular a África, têm
grandes chances de sofrerem a maior parte dos efeitos do aquecimento global,
enquanto suas emissões são desprezáveis em relação às emissões dos países
desenvolvidos.Ao mesmo tempo, isenções de países em desenvolvimento de algumas
cláusulas do Protocolo de Kyoto têm sido criticadas pelos Estados Unidos e
estão sendo usadas como sua justificativa para não ratificar o protocolo.No
ocidente, a ideia da influência humana no clima e os esforços para combatê-lo
ganharam maior aceitação na Europa que nos Estados Unidos.
Empresas
de combustíveis fosséis como a ExxonMobil lançaram campanhas para tentar
diminuir a importância dos riscos das mudanças climáticas, enquanto grupos
ambientais fazem o contrário, evidenciando a divisão entre os que defendem a
teoria antropogénica e os que defendem a teoria natural.
Este
problema acendeu debates nos Estados Unidos sobre os benefícios em limitar as
emissões industriais de gases do efeito estufa para reduzir os impactos no
clima versus os efeitos que isso causaria na atividade econômica. Há também
discussões em diversos países sobre o custo de adotar fontes de energia
alternativas e mais limpas para reduzir as emissões.
O
debate passa também pela questão de saber em que medida é que países
recém-industrializados, como China e Índia, deverão ter o privilégio de
aumentar suas emissões industriais, especialmente a China, uma vez que se
espera que ela ultrapasse os Estados Unidos na emissão de gases do efeito
estufa até 2010.
Outro
problema levantado diz respeito aos efeitos da mitigação do aquecimento global
serem tão nefastos para algumas populações indígenas como o próprio aquecimento
global. Segundo algumas organizações de defesa de direitos indígenas, como a
Survival International e a Amazon Watch, estas populações, que são já as mais
afectadas pelas consequências dos efeitos do aquecimento global, enfrentam
efeitos devastadores face a programas classificados "verdes" como a
indústria hidroeléctrica e os biocombustíveis.
Debate e ceticismo
O
aumento na publicidade de descobertas científicas ao redor do aquecimento
global resultou em debates políticos e econômicos. Regiões pobres,
particularmente a África, aparecem em grande risco nos efeitos projetados pelo
aquecimento global, embora suas emissões sejam muito pequenas quando comparadas
ao mundo desenvolvido a isenção de países em desenvolvimento das restrições do
protocolo de Quioto foram usadas para justificar o não-ratificar pelos Estados
Unidos e Australia. (Desde então a Austrália ratificou o protocolo de Quioto).
Outro ponto de disputa é o grau que deve ser esperado para países recentemente
industrializados como Índia e China reduzir suas emissões. Os EUA sustentam que
se estes devem sofrer o custo de reduzir as emissões, então a China deve fazer
o mesmo já que as emissões nacionais totais de CO2 da China agora ultrapassam
as dos Estados Unidos. A China defende que é "menos obrigada" a reduzir
as emissões, já que sua responsabilidade per capita e emissões per capita são
menores do que as dos EUA.
Em
2007 e 2008 a agência Gallup Polls pesquisou 127 países. Mais de um terço da
população mundial não estava familiarizada com o aquecimento global, com países
em desenvolvimento menos familiarizados do que em países desenvolvidos, e a
zona da África a parte menos familiarizada. Daqueles familiarizados, a zona da
América Latina leva levam a crença de que as mudanças na temperatura são
resultados da ação humana, enquanto as zonas da África, partes da Ásia e o
Oriente Médio, e alguns países da extinta União Soviética levam uma crença
oposta. No ocidente político, opiniões sobre a teoria e respostas apropriadas
estão divididas. Nick Pidgeon da Universidade Cardiff descobriu que
"resultados mostram os diferentes estágios de compromisso sobre o
aquecimento global em cada lado do Atlântico"; em que a Europa debate
respostas apropriadas, enquanto os Estados Unidos debatem se o aquecimento
global está acontecendo.
Debates
avaliam os benefícios de limitar as emissões industriais de gases de efeito
estufa contra os custos que tais alterações podem acarretar. Usando incentivos
econômicos, energia alternativa e renovável foram propostas para reduzir as
emissões e criar infraestrutura. Organizações centradas em negócio como o
Competitive Enterprise Institute, comentaristas conservativos, e companhias
como a ExxonMobil desconsideram os cenários de mudança de clima da IPCC,
cientistas discordam do "consenso científico", e fornecem suas
próprias projeções do custo econômico de controles ainda firmes. Organizações
ambientais enfatizam mudanças no clima atual e os riscos que elas trazem,
enquanto promovem a adoção de mudanças nas necessidades infraestruturais e
reduções nas emissões. Algumas companhias de combustível fóssil têm diminuído
seus esforços nos anos recentes, ou pedido políticas para reduzir o aquecimento
global. Muitos estudos ligam crescimento populacional com emissões e o efeito
nas mudanças climáticas.
Céticos
sobre o aquecimento global nas comunidades científica e política disputam a
teoria na sua totalidade ou em parte, questionando se o aquecimento global está
realmente acontecendo, se a atividade humana contribuiu significativamente, e
qual a sua magnitude. Céticos proeminentes do aquecimento global incluem Bjørn
Lomborg, Richard Lindzen, Fred Singer, Patrick Michaels, John Christy, Stephen
McIntyre e Robert Balling.
Video feito pela Greenpeace explicando de forma sucinta e resumida o que é o aquecimento global.
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